Juventude em Movimento

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Almoço na Casa de Rute

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O Programa de Inovação e Melhoria da Qualidade da Educação - PIMQUE é um programa voltado para o desenvolvimento de um modelo de gestão e de políticas públicas, pautado em programas, projetos, atividades e ações com vistas à Inovação e Melhoria da Qualidade da Gestão Pública, tomando como base as pesquisas, no campo das Ações Afirmativas e Relações Étnico-raciais. Dentre os principais objetivos deste programa está o de “ criar um nova cultura educacional, considerandoa a Lei 10.639/03, seu parecer e suas diretrizes curriculares. Dessa forma, é uma mudança na forma de pensar a educaçãoo. O Alcance deste objetivo prevê a participação de toda a comunidade escolar. Deste modo ao mobilizar, empoderaar e formar lideranças, esperamos dar os primeiros passos para uma participação de qualidade na gestão. Assim, cada grupo de atores requer uma mobilização específica.Então, o CEDIC, dando continuidade ao PIMQUE espera mobilizar os estudantes sanfranciscanos para uma formação critica, com autonomia e autoria, reflexividade e protagonismo.

Jornada Estudantil. Por que essa história ?

MOBILIZAÇÃO ESTUDANTIL: UMA ESTRATÉGIA EDUCACIONAL NA CONSTRUÇÃO DE TECNOLOGIAS SÓCIO-EDUCACIONAIS

A palavra Grêmio tem origem no latim "gremiu" que quer dizer sociedade, associação. Assim como a atual legislação educacional trata da formação integral do cidadão, trata também das transformações na Unidade Escolar, através da implementação da Gestão Democrática. Gestão Democrática quer dizer "gerência, administração, ato de gerir" e Democracia "é uma forma de governo na qual o poder emana do povo e em nome dele é constituído, soberania popular, igualdade".

Mas como o Grêmio Estudantil contribui para o processo educacional dos estudantes?  Qual a relação que existe entre o Grêmio e a Inovação e Melhoria da Qualidade da Educação?  Como o Grêmio pode contribuir para a gestão democrática e a participação da comunidade escolar nos processos educacionais? Como o Grêmio escolar pode ser entendido como uma tecnologia educacional no PIMQUE?

Enfim, se a gestão democrática é a participação efetiva de toda a comunidade escolar num projeto educacional, nada mais justo que o Grêmio Estudantil, que representa os estudantes esteja presente e participativo nas decisões que envolvem estas questões educacionais.

Discuti-las é fundamental para entendermos em qual grau de participação se encontram os estudantes e suas organizações no processo de democratização da escola, como podemos melhorar este processo e como os estudantes através do Grêmio Estudantil, podem participar e contribuir decisivamente com a construção desta nova escola, do seu processo educacional e com a Inovação e Melhoria da Qualidade da Educação.

Este processo de democratização e modernização das escolas em São Francisco do Conde, passa necessariamente pela participação dos estudantes. É através do Grêmio Estudantil, consciente do seu papel transformador, que os estudantes poderão de fato e verdadeiramente discutir, opinar e participar da construção desta nova escola e da Melhoria da Qualidade da Educação, se transformando em cidadãos e estudantes críticos e participativos, com autonomia, autoria e reflexividade em seu processo educacional, consequentemente contribuindo com a construção de uma nova sociedade.

De acordo com o Artigo 1º do Título I – Da Educação – da Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional sancionada em 20 de dezembro de 1996, "A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa e nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais".

Ainda no texto da LDB em seu Título II – dos princípios e fins da Educação Nacional – artigo 3º, sessão VIII diz que o ensino será ministrado com base nos princípios da "gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino".  Além da LDB, a Constituição da República Federativa do Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente e as Diretrizes Curriculares Nacionais tratam desta formação integral, aliando à educação formal, questões relacionadas à cidadania, cultura, direitos e deveres, entre outros aspectos aprendidos dentro da unidade escolar.

Fica evidente pelos trechos da legislação educacional brasileira mencionados que participar da organizações estudantis é um complemento vital na educação da criança e do adolescente e que se deve de fato proporcionar à estes estudantes condições para que se organizem nos estabelecimentos de ensino exercendo sua cidadania.  Isto é possível através do Grêmio Estudantil, entidade legal, reconhecida pela Lei Federal n.º 7.398 de 04 de Novembro de 1985
MOBILIZAÇÃO SOCIAL E MOBILIZAÇÃO EDUCACIONAL
Mas afinal, o que é a Jornada de São Francisco do Conde ? Além de uma caminhada na busca da Inovação e Melhoria da Qualidade da educação, é um dos resultados de uma Politica Pública que se inicia em 2009 na SEDUC, transformada em um Programa de Inovação e Melhoria da Qualidade da Educação de São Francisco do Conde - PIMQUE, com o objetivo decriar as base para um novo processo educacional e cultural na cidade. Desta forma, os estudantes, através dos lideres de classe e os representantes da bolsa universitária e prévestibular, os funcionários, através dos auxiliares de disciplina, os professores, através dos coordenadores pedagógicos, os gestores, através dos diretores de escolas e a comunidade através dos conselhos, são de alguma forma também responsaveis pelo resultado dos " Novos Rumos da Educação em São Francisco do Conde", como foi apresentado na jornada pedagógica de 2009.
Este encontro entre o produtor social (o ESTUDANTES sanfranciscano) e as outras expressões da juventude, profissionais e a comunidade, está na gênese de todo processo de mobilização para a jornada.
Para fazer alguma coisa que queremos, muitas vezes precisamos “mobilizar” recursos, apelar para os serviços de alguém. Isto significa conseguir gente para fazer o que queremos, para viabilizar as nossas idéias e os nossos sonhos. Mas acontece que os estudantes têm vontade própria, têm seus próprios sonhos. E melhor do que chamar os outros para viabilizar o “nosso”sonho, é construir um sonho que possa ser de todos, "pois um sonho que se sonha só é só um sonho, mas um sonho que se sonha junto torna-se realidade", e este é um pouco do sentido da mobilização estudantil do PIMQUE.
Enquanto “apelar para os serviços” de alguém reforça a cultura da adesão, “dar movimento” serve para criar uma cultura de participação, em que os estudantes são tratadas como sujeitos, e não como recursos para viabilizar a vontade de quem quer que seja, por mais legítima e bem intencionada que seja essa vontade.
Para entendermos a importância da mobilização estudantil no processo educacional e aproveitarmos todo o seu potencial pedagógico como estratégia de construção de uma politica educacional e uma gestão do sistema muncipal de educação em São Francisco do Conde, democrática, participativa e inovadora precisamos ter coragem para viver novas experiências, ousar e se abrir para novas formas de pensar e fazer a gestãom educaional no município.
A JEEG é um evento, mas também é processo. Muitos estudantes conscientes e com vontade de apreender se mobilizam para desenvolver a capacidade de estudar por si só e de apreender, o que lhes interessa. Saber que o professor não vai ensinar tudo e sim tirar dúvida pode mobilizar o estudante a ser também responsável pelo seu processo de aprendizagem é um dos focos do processo de mobilização. Quando descobrimos que, apesar das dificuldades, existem outros estudantes estão querendo o mesmo que nós, experimentando os mesmos sucessos e fracassos, dá mais motivação e segurança para tomar uma iniciativa e se mobilizar para continuar participando e lutando por Nossa Cidade.
Na JEEG, os eventos e as mobilizações que precederam, assim como atividades na construção do PIMQUE têm um papel muito importante para criar esse sentimento de que todos estamos no mesmo barco. E, além disso, essas reuniões entre estudantes, seja na praça pública, num ginásio ou numa sala de aula,na casa de Luan ou no restaurante, ou ainda na pizzaria servem também para celebrar união e participação aumentando a auto-confiança em sua capacidade de organização, articulação, liderança, moblização e outras habilidades e competência necessárias ao processo.
Um conjunto de eventos, seminários, oficinas, gincanas e passeatas não equivalem a um processo de mobilização se não forem atrelados a uma politica e a um programa, com orçamento e institucionalidade. Depois que os estudantes saem de uma passeata, uma atividade coletiva, ou um evento e voltam para as salas de aula, suas casas e para o seu grupo, a mobilização a discussão, as reflexões e o debate precisam continuar acontecendo e a JEEG, também é um pouco dessa continuidade.
Mobilização estudantil como estratégia pedagógica é quantidade, mas também é qualidade. Juntar muita gente é fundamental para gerar mudanças sociais, modificar praticas pedagógicas dos professores, mudar comportamentos dos estudantes. Com bastante gente a mobilização fica mais sólida e consistente. Um dos papéis da mobilização estudantil e da JEEG, é fazer com que muito estudantes participem. Mas ao mesmo tempo, devemos considerar que “fazer parte”não é o mesmo que “tomar parte”. E que “ser parte”, por sua vez, representa um tipo de envolvimento ainda mais profundo de TODOS. A participação é estratégica para a consolidação de uma NOVA cultura de politica e gestão pública da educação nos diversos e variados espaços educaiconais: na familia, no trabalho, na rua, na sala de aula, na gestão escolar e pedagógica, logo, no processo de aprendizagem do estudante.